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Onde foi parar o evangelismo?
Participamos, no último final de semana(29/09 a 02/10), do 4º ENOMI (Encontro Nordestino de Missões), nas proximidades de Natal, RN. O tema foi: “Este é o tempo: Levantai-vos”!
A reflexão que mais chamou a minha atenção foi a de que a maioria das igrejas tanto da Aliança como da União, precisam voltar a colocar mais ênfase na obra do evangelismo. Sim, porque apesar do pioneirismo Congregacional que nos é comum, contabilizamos um crescimento numérico irrisório, levando em consideração o longo tempo decorrido.
Pensando nisso, comecei a me perguntar: Aonde foi parar o evangelismo que havia na agenda da maioria das nossas igrejas? Sim, porque no extenso calendário de nossas igrejas, há espaço de sobra para quase todos os “propósitos debaixo do sol”, menos para o evangelismo. Já vai longe, o tempo em que os irmãos se reuniam sábado ou domingo à tarde para evangelizar nas praças, ruas, hospitais ou presídios. A juventude, a União feminina e até os varões, planejavam campanhas criativas para alcançar os perdidos e todos voltavam cheios de entusiasmo com os frutos conquistados... Não havia calor, ou frio, que intimidasse a ação evangelizadora da igreja que, a pé, em lombo de animal, ou mesmo de caminhão, se lançava com ardor aos “campos brancos para a ceifa”. Tempos bons, em que os irmãos convidavam os amigos para a igreja e, durante o culto, oravam incessantemente para que na hora marcada, eles atendessem ao apelo vindo do alto de um púlpito criativo e cheio de autoridade do Espírito Santo. Há espaço para tudo nos cultos dos nossos dias: Político pedindo voto para, caso eleito, ajudar na reforma do templo; homenagens, com ares de idolatria a esse, ou aquele figurão da igreja que muito ajudou na implantação do trabalho; espaço para desafinados cantarem músicas sem pé nem cabeça e que no fim, não tem mensagem nenhuma; coreografias descontextualizadas com a realidade da igreja e da ocasião, que apenas fomentam rivalidade entre os adolescentes e produzem aplausos que não são para Jesus, e massageiam o ego. Para completar, ainda gasta-se o tempo dos departamentos da igreja, realizando visitas somente aos crentes,e fazendo passeios em que o interesse está apenas na diversão e nos comes e bebes. Isso, sem falar nos shows gospel e louvorzões, que pouco tem de diferente dos eventos mundanos. Por fim, muitos alegam que não devolvem o dízimo porque os eventos da igreja consomem todo o recurso das famílias...
Onde foi parar o evangelismo, diante de tantas distrações religiosas que foram acrescentadas à vida da igreja? Como pode sobrar tempo para o evangelismo se o ativismo criado pela própria igreja, absorve toda a força e recursos da comunidade? Para piorar, atividades de consagração como o jejum, as vigílias de oração, os estudos bíblicos e as campanhas de oração, são negligenciados, e, quando acontecem, atraem apenas uns poucos “gatos pingados” que podem ser contados nos dedos das mãos...
Volto desse Enomi, com a sensação de que precisamos nos arrepender e devolver ao evangelismo o lugar de honra estabelecido pelo Senhor Jesus e seus apóstolos na agenda da igreja. Caso contrário, pouco adianta realizar congressos, conferências e cultos missionários. As nossas igrejas continuarão marcando passo, e o crescimento será apenas um sonho distante de uns poucos visionários!
Que Deus tenha misericórdia de nós!!!
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